Polícia investiga se casa abandonada foi usada por ladrão que matou artista plástica em Campo Grande

Polícia investiga se casa abandonada foi usada por ladrão que matou artista plástica em Campo Grande
Imóvel, que fica ao lado da casa da artista, foi periciado nesta quarta-feira (5)

A Polícia Civil, através da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos) e a perícia voltaram a casa abandonada que fica ao lado da residência, onde a artista plástica Catarina Marquesi Moreira, de 72 anos, foi encontrada morta na manhã de terça-feira (4), após ser assassinada com um soco e ser amarrada pelos autores. O corpo da vítima foi encontrado pelo marido, que tem problemas auditivos. O caso é tratado como latrocínio. 

A perícia foi até a casa abandonada na manhã desta quarta-feira (5) na tentativa de recolher material genético que possa ter sido deixado pelo possível autor ou autores, já que ainda não se sabe se seriam mais de um. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, em coletiva de imprensa nesta terça (4), a casa abandonada teria sido usada para os bandidos terem acesso a residência da artista plástica. O muro tem cerca de 3 metros de altura.

Mas, uma estrutura de caibro no local, teria facilitado a entrada na casa. Ao conseguir entrar na casa, o bandido então chutou e arrombou a porta de entrada do ateliê. Neste momento, teria começado a revirar os quadros, possivelmente em busca de algum cofre escondido no local. Foi quando a vítima Catarina entrou no ateliê.

Segundo o delegado, Catarina teria tentado se esconder em outro cômodo da casa, mas que foi arrombado pelo bandido. A vítima foi amarrada, com as mãos para trás. Tanto os pulsos quanto as pernas foram amarrados, e a idosa ainda foi agredida com pelo menos um soco na região da boca. A polícia acredita que ela foi agredida com um soco, pela marca e também por não ter sido encontrado qualquer outro tipo de objeto com o qual o bandido possa ter atingido a vítima.

 

Marido estava na casa

Também de acordo com o delegado Salomão, o marido da vítima, um idoso de 74 anos, estava no andar de cima da residência. Salomão relatou que o casal tinha uma rotina e que não descarta, mas também não acredita que algum familiar esteja envolvido no crime. O marido de Catarina tem problemas auditivos e não teria ouvido ou presenciado o caso. O delegado chegou a conversar com o idoso no local e pode confirmar o problema na audição da testemunha.

Ele ainda foi quem encontrou a vítima, conforme o delegado. Ao encontrar a esposa, que ainda agonizava, o idoso tentou ligar para o filho, mas não conseguiu, pois estava muito nervoso e em choque. Ele então conseguiu depois ligar para o genro, que foi ao local com a filha de Catarina. Eles acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a vítima não resistiu ao ferimento.

Vizinhos relataram à polícia que vários roubos e furtos ocorreram na região nos últimos dias. O delegado confirmou ainda que há usuários de drogas na região e também não é descartado que possam ser os responsáveis pelo crime. A família ainda avalia o que foi levado da residência, mas o casal não tinha objetos de grande valor ou luxuosos e, apesar de uma vida financeira estável, também vivia de maneira simples.

Fonte : Midia/Max