Sem licitação, governo de MS fez R$ 3,8 milhões em compras de EPIs que nunca recebeu

Sem licitação, governo de MS fez R$ 3,8 milhões em compras de EPIs que nunca recebeu
Foto Ilustrativa

O governo de  acertou R$ 3,8 milhões para compras emergenciais de produtos para enfrentamento da pandemia de Covid-19 que jamais recebeu. Entre os itens estavam máscaras de proteção facial, luvas, termômetros e álcool 70%.

As informações constam no portal de compras emergenciais do próprio governo, alimentado pela última vez na quinta-feira (4). Os processos de aquisição frustrados partiram do Fundo Estadual de Saúde, da SED (Secretaria de Estado de Educação), da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e ), do Funpes (Fundo Penitenciário de ) e da  (Fundação de  de ).

Entre as compras não entregues estão 670,8 mil máscaras ao custo de R$ 1,395 milhão. Os produtos deveriam ser fornecidos à SED. O processo de dispensa de licitação é de julho de 2020.

A SED também comprou, mas não levou 210,2 mil frascos de álcool em gel pelo preço de R$ 891,6 mil, bem como 17,7 mil termômetros de testa por R$ 313,9 mil.

Já a Sejusp lançou mão da lei federal que autorizou compras emergenciais para combate à pandemia para acertar a aquisição de um aparelho de raio-X, ao custo de R$ 275 mil. Mas, segundo a Transparência do governo estadual, também não recebeu a encomenda.

A lista de produtos comprados não entregues continua. Tem também sabonetes, luvas e placas de acrílico.

Segundo o portal, o governo não sinalizou o pagamento dos equipamentos, uma vez que não emitiu notas de empenho. Além disso, também não fechou contrato.

A reportagem procurou o governo, via assessoria de imprensa, mas não recebeu resposta.

País enfrentou crise de abastecimento de EPIs em 2020

Com o aumento na demanda por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e outros produtos em função da pandemia de covid-19, todo o País enfrentou crises de abastecimento no ano passado. Faltaram álcool 70% e máscaras, bem como medicamentos para pacientes graves da doença.

O governo federal chegou a centralizar a compra e a distribuição de insumos e equipamentos hospitalares, como respiradores, a fim de amenizar o problema.

O mais recente impasse foi sobre a disponibilidade de seringas e agulhas para a campanha de vacinação contra a covid-19. Em ofício ao  (Supremo Tribunal Federal), enviado em janeiro, o governo sul-mato-grossense apontou que 33 municípios não tinham seringas para vacinar nem 10% da população.

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