Prefeitura de Campo Grande descarta novas medidas restritivas mesmo com alta de casos e internações

Prefeitura de Campo Grande descarta novas medidas restritivas mesmo com alta de casos e internações
Marcos Trad descarta distanciamento social - Alvaro Resende

para manter equilíbrio entre a vida e a economia, mesmo com ocupação de leitos em 105%. Decreto com medidas de restrições para conter proliferação da Covid-19 de Mato Grosso do Sul acaba na próxima segunda-feira (5). 

De acordo com o prefeito, os decretos do Município e do Estado foram seguidos adequadamente e por isso não há necessidade de novas medidas pela terceira semana seguida.  

“Nós conversamos muito com o governo do Estado, e temos cumprido os decretos e acredito que ficou a bom termo da segurança da saúde da população. Eu sou a favor da vida, mas a gente tem buscado o equilíbrio da vida e da economia, e a gente tem conseguido levar isso ai em Campo Grande”, detalha.

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Trad declara que o distanciamento social tem causado grande impacto emocional na população de Campo Grande, e por isso não quer manter distanciamento social e sim o distanciamento físico. 

“A gente não quer afastar socialmente ninguém de ninguém, só queremos que quando eles estejam circulando, que tomem todas as precauções necessárias, com o uso do álcool em gel, lavar as mãos, máscara. Isso tem ajudado sim, e se houver comportamento coletivo vai melhorar”, explica.  

O prefeito destacou que o número de internações tem diminuído no Estado, e que não pode prever como estará a situação nos próximos dias. Entretanto, de acordo com o boletim epidemiológico deste sábado (03), 98 pacientes aguardam por leitos na Central de Regulação da Capital, sendo 76 apenas de Campo Grande.  

Mato Grosso do Sul contabiliza 1.282 hospitalizados, com 104,89% dos leitos de Covid-19 ocupados neste sábado (3). A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 113%.  

Dados do sistema mais saúde apontam que apenas a Capital está com 105,12% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento da Covid-19 e 93,89% das vagas de UTI geral ocupadas. Na última segunda-feira (29) a ocupação dos leitos de UTI para tratamento da doença era de 102,52%.

“O que nos entristece são festas, pessoas que ainda querem negar a enfermidade, é um direito delas negar a pandemia, negar a vacina, que ainda existe um percentual muito elevado, mas que essas pessoas não se aglomerem com as demais, respeitem aqueles que estão com medo”, conclui Trad.  

Transporte público

O prefeito de Campo Grande, afirmou que o Consórcio Guaicurus diminuiu as frotas de ônibus seguindo o decreto, que garantia que com as medidas, a circulação coletiva teria uma queda de 60%. 

“Se o contrato fala que a linha deve ter 10 ônibus de hora em hora, e vem um decreto do município dizendo que a uma redução de circulação coletiva e que não pode ter atendimento físico, evidentemente que há diminuição do número de ônibus”, declara.

Entretanto, nas semanas vigentes dos decretos municipal e estadual, houve aglomeração nos terminais e nos ônibus da capital. Trad explica que a causa é a falta de aderência da população, que continuou circulando.  “Está todo mundo indo às ruas, aos parques, e é lógico, quando há descumprimento de um dos dois acontece isso”.  

De acordo com Trad, a situação de aglomeração vai melhorar na ´próxima semana, em que todas as frotas de ônibus voltam a funcionar normalmente a partir desta segunda-feira (5).

 

Correio