Mercado de trabalho e inclusão pautam audiência pública

Mercado de trabalho e inclusão pautam audiência pública
Foto: Assecom

 Pela segunda vez, o vereador Dr. Issam Fares Júnior promoveu um debate sobre as demandas das pessoas com necessidades especiais, da cidade. Na noite de quinta-feira (1), o vereador reuniu profissionais, pessoas com deficiência e familiares, secretários municipais, diretores de instituições de ensino e palestrantes, para realizar a audiência: Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

Em 2022, ele fez uma reunião com representantes da Apae, para tratar sobre o programa Emprega Apae.

A audiência contou com a participação dos vereadores Negu Breno, Evalda Reis e Sayuri Baez, que compuseram a mesa de autoridades.

A professora Marizete Bazé, professores indígenas de uma aldeia indígena, do município de Miranda (MS) também estiveram presentes, assim como, os vereadores da cidade vizinha de Aparecida do Taboado: Moises Chama de Carvalho, Luiz Fernando de Oliveira, Patrícia Maria dos Santos.

Paula Silva Nery, psicóloga, pessoa cega, foi a primeira a falar, dizendo que por ser de Três Lagoas, conhece bem a realidade local. Na sequência, ela destacou o conceito de inclusão e frisou que o principal significado é participação plena.

Barreiras não só no âmbito das estruturas físicas, mas, sobretudo, as atitudinais, também foram destacadas pela psicóloga, bem como, as imagens construídas sobre as pessoas com deficiência, legislações, oportunidades de trabalho de estágio. “Nós não somos só bengalas brancas e óculos escuros, nós estamos no mercado de trabalho, da mesma maneira que nós estamos na educação”.

Ela ainda citou a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), como documento fundamental (que é a teoria) e tem a prática que é uma realidade muito triste. “Processos seletivos que são excludentes e que convenientemente, esquecem de avisar seus colaboradores ou candidatos as vagas, sobre processo seletivo, horário e data de entrevistas”.

Ao finalizar, Paula quis deixar uma mensagem: “Vamos cresce juntos, vamos evoluir, vamos aprender. No processo de inclusão nós temos que nos despir: do que a gente acha que é, de dogmas, paradigmas, dos preconceitos do que eu acho que o outro é capaz. Que possamos olhar mais para as potencialidades e menos para qual roupa ou qual corpo este profissional está usando”

O psicólogo da Apae, João Paulo, subiu à tribuna para falar do programa emprega Apae. Ele também fez questão de falar de alguns conceitos, novamente, a palavra barreira foi citada.

A Apae conta com quase 250 alunos, com vários tipos de quadros, que vão além da deficiência. “O programa tentou abraçar todas deficiências, é uma iniciativa jovem, estamos aprendendo”. Além de João Paulo ainda há uma assistente social, à frente do programa. As estratégias do programa têm três eixos: pessoas, família e empresa. “As empresas precisam criam uma cultura de inclusão, vendo a pessoa com deficiência como colaborador”.

João Paulo ainda aproveitou para pedir ajudar, do poder público, para fortalecer o programa.

Falando em nome do IFMS, o diretor geral, Walterisio Gonçalves, falou sobre a formação profissional ofertada pela instituição, na unidade de Três Lagoas. “Temos uma política afirmativa, ofertando algumas vagas para pessoas com deficiência, baseado na lei 12.711

Ele citou que o IFMS, tem inclusive um Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Especiais Educacionais específicas, contando ainda com uma equipe multidisciplinar. ”Este é o momento da gente junto fazer de Três Lagoas um lugar mais inclusivo”.

Jean Carlos Alves, gerente da Funtrab, em Três Lagoas, falou que há uma parceria entre estado e município, com o papel de divulgar as vagas, falou sobre o aplicativo “MS Contrata Mais” e ressaltou o interesse e empenho de empresas em disponibilizarem vagas, há entre 50 a 60 vagas, no município, para trabalhadores PCDs. “É importante saber sobre esta lei, para saber sobre os direitos”, frisou o gerente aos e direcionar as famílias de pessoas com deficiência.

O médico do trabalho, coordenador de saúde ocupacional da empresa Suzano Papel e Celulose, Ricardo Trevizam citou dados do IBGE: 24% da população brasileira, correspondendo a 45 milhões de pessoas, se declaram pessoas com deficiência. “Esse capacitismo em entidades formadores de opiniões tem que acabar”.

Ele ainda falou das dificuldades no dia a dia, para as empresas como laudos um pouco pobres, com poucas informações, não evidenciando as limitações e capacidade funcional. Nos últimos cinco anos, houve uma melhora neste sentido, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Neste sentido, ele citou o programa plural, da empresa, que prioriza vagas para pessoas com deficiência e LGBTQI+.

Com mais tempo de fala, Eliene Rodrigues de Souza, da Superintendência Regional do Trabalho e emprego em Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande, falou da lei de cotas e fiscalização. Ela informou que tem uma filha com deficiência, senti na pele a

Como dado relevante, ela citou: MS tem 457 empresas que precisam cumprir a cota. E, existem 5.978 vagas, para pessoas com deficiência, só estão ocupadas 2.615 e mais de 3 mil ociosas. “Temos que ter um olhar voltado para questões da inclusão como pessoa. A deficiência é uma característica que as pessoas trazem de si, não é um critério”.

Ela fez questão de enfatizar que educação para o trabalho deve começar, na escola.

Eliene ainda aproveitou para pedir que seja feito um requerimento para o Ministério do Trabalho, para que se reative a agência local, no município.

Sobre a lei de cotas, Eliene citou o percentual, conforme a quantidade de funcionários e pediu: “Que daqui dois, três, anos e Três Lagoas seja o pólo da industrialização, o pólo da inclusão”.

O Programa de Aprendizagem Profissional também foi destacado pela servidora do Ministério do Trabalho, bem como, os benefícios de prestação continuada, auxilio inclusão e espaços acessíveis, nas empresas. “Precisamos de mudanças na política pública sobre trabalho, educação, saúde”.

Finalizando, aconteceu a principal palestra da noite, com o professor Celso Cavalheiros, psicopedagogo, pesquisador do autismo há 12 anos.

Ele discorreu sobre conceitos sobre Autismo: sinais, tratamentos e falou sobre casos clínicos, de crianças e adolescentes, que atende em Campo Grande.

Ao final, ele solicitou que é preciso investir nas entidades para que possam oferecer capacitação e treinamento para PCDs.

A estudante do IFMS e autista, Vitória, também pediu para falar e citou que pessoas autistas estão em diversos, condições, lugares, atualmente. “Somos líderes comunitários e gente da classe trabalhadora, periféricas, não brancas, LGBTQ+, indígenas”, tentando citar o máximo de perfis de pessoas, que estão dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Autistas são humanos como todo mundo. E, todo mundo tem cérebro diferente com ou sem deficiência”.

O vereador professor Negu Breno utilizou o microfone, para afirmar que foi uma noite de muito aprendizado e que fora obras, infraestrutura, na Câmara, também é o lugar, onde é preciso discutir sobre pessoas.

Em seguida, a vereadora Evalda Reis, falou de acolhimento e de enxergar as capacidades das pessoas com deficiência, como pessoas capazes e produtivas, afirmando ainda que aprendeu muito com cada fala.

O vereador Dr. Issam Fares encerrou a audiência afirmando que os administradores devem fazer uma reflexão, nos planos de negócio e de trabalho, pensando sempre na inclusão e acessibilidade de todas as pessoas e entregou uma lembrança de agradecimento para os palestrantes.

 

 Pela segunda vez, o vereador Dr. Issam Fares Júnior promoveu um debate sobre as demandas das pessoas com necessidades especiais, da cidade. Na noite de quinta-feira (1), o vereador reuniu profissionais, pessoas com deficiência e familiares, secretários municipais, diretores de instituições de ensino e palestrantes, para realizar a audiência: Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

Em 2022, ele fez uma reunião com representantes da Apae, para tratar sobre o programa Emprega Apae.

A audiência contou com a participação dos vereadores Negu Breno, Evalda Reis e Sayuri Baez, que compuseram a mesa de autoridades.

A professora Marizete Bazé, professores indígenas de uma aldeia indígena, do município de Miranda (MS) também estiveram presentes, assim como, os vereadores da cidade vizinha de Aparecida do Taboado: Moises Chama de Carvalho, Luiz Fernando de Oliveira, Patrícia Maria dos Santos.

Paula Silva Nery, psicóloga, pessoa cega, foi a primeira a falar, dizendo que por ser de Três Lagoas, conhece bem a realidade local. Na sequência, ela destacou o conceito de inclusão e frisou que o principal significado é participação plena.

Barreiras não só no âmbito das estruturas físicas, mas, sobretudo, as atitudinais, também foram destacadas pela psicóloga, bem como, as imagens construídas sobre as pessoas com deficiência, legislações, oportunidades de trabalho de estágio. “Nós não somos só bengalas brancas e óculos escuros, nós estamos no mercado de trabalho, da mesma maneira que nós estamos na educação”.

Ela ainda citou a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), como documento fundamental (que é a teoria) e tem a prática que é uma realidade muito triste. “Processos seletivos que são excludentes e que convenientemente, esquecem de avisar seus colaboradores ou candidatos as vagas, sobre processo seletivo, horário e data de entrevistas”.

Ao finalizar, Paula quis deixar uma mensagem: “Vamos cresce juntos, vamos evoluir, vamos aprender. No processo de inclusão nós temos que nos despir: do que a gente acha que é, de dogmas, paradigmas, dos preconceitos do que eu acho que o outro é capaz. Que possamos olhar mais para as potencialidades e menos para qual roupa ou qual corpo este profissional está usando”

O psicólogo da Apae, João Paulo, subiu à tribuna para falar do programa emprega Apae. Ele também fez questão de falar de alguns conceitos, novamente, a palavra barreira foi citada.

A Apae conta com quase 250 alunos, com vários tipos de quadros, que vão além da deficiência. “O programa tentou abraçar todas deficiências, é uma iniciativa jovem, estamos aprendendo”. Além de João Paulo ainda há uma assistente social, à frente do programa. As estratégias do programa têm três eixos: pessoas, família e empresa. “As empresas precisam criam uma cultura de inclusão, vendo a pessoa com deficiência como colaborador”.

João Paulo ainda aproveitou para pedir ajudar, do poder público, para fortalecer o programa.

Falando em nome do IFMS, o diretor geral, Walterisio Gonçalves, falou sobre a formação profissional ofertada pela instituição, na unidade de Três Lagoas. “Temos uma política afirmativa, ofertando algumas vagas para pessoas com deficiência, baseado na lei 12.711

Ele citou que o IFMS, tem inclusive um Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Especiais Educacionais específicas, contando ainda com uma equipe multidisciplinar. ”Este é o momento da gente junto fazer de Três Lagoas um lugar mais inclusivo”.

Jean Carlos Alves, gerente da Funtrab, em Três Lagoas, falou que há uma parceria entre estado e município, com o papel de divulgar as vagas, falou sobre o aplicativo “MS Contrata Mais” e ressaltou o interesse e empenho de empresas em disponibilizarem vagas, há entre 50 a 60 vagas, no município, para trabalhadores PCDs. “É importante saber sobre esta lei, para saber sobre os direitos”, frisou o gerente aos e direcionar as famílias de pessoas com deficiência.

O médico do trabalho, coordenador de saúde ocupacional da empresa Suzano Papel e Celulose, Ricardo Trevizam citou dados do IBGE: 24% da população brasileira, correspondendo a 45 milhões de pessoas, se declaram pessoas com deficiência. “Esse capacitismo em entidades formadores de opiniões tem que acabar”.

Ele ainda falou das dificuldades no dia a dia, para as empresas como laudos um pouco pobres, com poucas informações, não evidenciando as limitações e capacidade funcional. Nos últimos cinco anos, houve uma melhora neste sentido, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Neste sentido, ele citou o programa plural, da empresa, que prioriza vagas para pessoas com deficiência e LGBTQI+.

Com mais tempo de fala, Eliene Rodrigues de Souza, da Superintendência Regional do Trabalho e emprego em Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande, falou da lei de cotas e fiscalização. Ela informou que tem uma filha com deficiência, senti na pele a

Como dado relevante, ela citou: MS tem 457 empresas que precisam cumprir a cota. E, existem 5.978 vagas, para pessoas com deficiência, só estão ocupadas 2.615 e mais de 3 mil ociosas. “Temos que ter um olhar voltado para questões da inclusão como pessoa. A deficiência é uma característica que as pessoas trazem de si, não é um critério”.

Ela fez questão de enfatizar que educação para o trabalho deve começar, na escola.

Eliene ainda aproveitou para pedir que seja feito um requerimento para o Ministério do Trabalho, para que se reative a agência local, no município.

Sobre a lei de cotas, Eliene citou o percentual, conforme a quantidade de funcionários e pediu: “Que daqui dois, três, anos e Três Lagoas seja o pólo da industrialização, o pólo da inclusão”.

O Programa de Aprendizagem Profissional também foi destacado pela servidora do Ministério do Trabalho, bem como, os benefícios de prestação continuada, auxilio inclusão e espaços acessíveis, nas empresas. “Precisamos de mudanças na política pública sobre trabalho, educação, saúde”.

Finalizando, aconteceu a principal palestra da noite, com o professor Celso Cavalheiros, psicopedagogo, pesquisador do autismo há 12 anos.

Ele discorreu sobre conceitos sobre Autismo: sinais, tratamentos e falou sobre casos clínicos, de crianças e adolescentes, que atende em Campo Grande.

Ao final, ele solicitou que é preciso investir nas entidades para que possam oferecer capacitação e treinamento para PCDs.

A estudante do IFMS e autista, Vitória, também pediu para falar e citou que pessoas autistas estão em diversos, condições, lugares, atualmente. “Somos líderes comunitários e gente da classe trabalhadora, periféricas, não brancas, LGBTQ+, indígenas”, tentando citar o máximo de perfis de pessoas, que estão dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Autistas são humanos como todo mundo. E, todo mundo tem cérebro diferente com ou sem deficiência”.

O vereador professor Negu Breno utilizou o microfone, para afirmar que foi uma noite de muito aprendizado e que fora obras, infraestrutura, na Câmara, também é o lugar, onde é preciso discutir sobre pessoas.

Em seguida, a vereadora Evalda Reis, falou de acolhimento e de enxergar as capacidades das pessoas com deficiência, como pessoas capazes e produtivas, afirmando ainda que aprendeu muito com cada fala.

O vereador Dr. Issam Fares encerrou a audiência afirmando que os administradores devem fazer uma reflexão, nos planos de negócio e de trabalho, pensando sempre na inclusão e acessibilidade de todas as pessoas e entregou uma lembrança de agradecimento para os palestrantes.

 

 Pela segunda vez, o vereador Dr. Issam Fares Júnior promoveu um debate sobre as demandas das pessoas com necessidades especiais, da cidade. Na noite de quinta-feira (1), o vereador reuniu profissionais, pessoas com deficiência e familiares, secretários municipais, diretores de instituições de ensino e palestrantes, para realizar a audiência: Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

Em 2022, ele fez uma reunião com representantes da Apae, para tratar sobre o programa Emprega Apae.

A audiência contou com a participação dos vereadores Negu Breno, Evalda Reis e Sayuri Baez, que compuseram a mesa de autoridades.

A professora Marizete Bazé, professores indígenas de uma aldeia indígena, do município de Miranda (MS) também estiveram presentes, assim como, os vereadores da cidade vizinha de Aparecida do Taboado: Moises Chama de Carvalho, Luiz Fernando de Oliveira, Patrícia Maria dos Santos.

Paula Silva Nery, psicóloga, pessoa cega, foi a primeira a falar, dizendo que por ser de Três Lagoas, conhece bem a realidade local. Na sequência, ela destacou o conceito de inclusão e frisou que o principal significado é participação plena.

Barreiras não só no âmbito das estruturas físicas, mas, sobretudo, as atitudinais, também foram destacadas pela psicóloga, bem como, as imagens construídas sobre as pessoas com deficiência, legislações, oportunidades de trabalho de estágio. “Nós não somos só bengalas brancas e óculos escuros, nós estamos no mercado de trabalho, da mesma maneira que nós estamos na educação”.

Ela ainda citou a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), como documento fundamental (que é a teoria) e tem a prática que é uma realidade muito triste. “Processos seletivos que são excludentes e que convenientemente, esquecem de avisar seus colaboradores ou candidatos as vagas, sobre processo seletivo, horário e data de entrevistas”.

Ao finalizar, Paula quis deixar uma mensagem: “Vamos cresce juntos, vamos evoluir, vamos aprender. No processo de inclusão nós temos que nos despir: do que a gente acha que é, de dogmas, paradigmas, dos preconceitos do que eu acho que o outro é capaz. Que possamos olhar mais para as potencialidades e menos para qual roupa ou qual corpo este profissional está usando”

O psicólogo da Apae, João Paulo, subiu à tribuna para falar do programa emprega Apae. Ele também fez questão de falar de alguns conceitos, novamente, a palavra barreira foi citada.

A Apae conta com quase 250 alunos, com vários tipos de quadros, que vão além da deficiência. “O programa tentou abraçar todas deficiências, é uma iniciativa jovem, estamos aprendendo”. Além de João Paulo ainda há uma assistente social, à frente do programa. As estratégias do programa têm três eixos: pessoas, família e empresa. “As empresas precisam criam uma cultura de inclusão, vendo a pessoa com deficiência como colaborador”.

João Paulo ainda aproveitou para pedir ajudar, do poder público, para fortalecer o programa.

Falando em nome do IFMS, o diretor geral, Walterisio Gonçalves, falou sobre a formação profissional ofertada pela instituição, na unidade de Três Lagoas. “Temos uma política afirmativa, ofertando algumas vagas para pessoas com deficiência, baseado na lei 12.711

Ele citou que o IFMS, tem inclusive um Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Especiais Educacionais específicas, contando ainda com uma equipe multidisciplinar. ”Este é o momento da gente junto fazer de Três Lagoas um lugar mais inclusivo”.

Jean Carlos Alves, gerente da Funtrab, em Três Lagoas, falou que há uma parceria entre estado e município, com o papel de divulgar as vagas, falou sobre o aplicativo “MS Contrata Mais” e ressaltou o interesse e empenho de empresas em disponibilizarem vagas, há entre 50 a 60 vagas, no município, para trabalhadores PCDs. “É importante saber sobre esta lei, para saber sobre os direitos”, frisou o gerente aos e direcionar as famílias de pessoas com deficiência.

O médico do trabalho, coordenador de saúde ocupacional da empresa Suzano Papel e Celulose, Ricardo Trevizam citou dados do IBGE: 24% da população brasileira, correspondendo a 45 milhões de pessoas, se declaram pessoas com deficiência. “Esse capacitismo em entidades formadores de opiniões tem que acabar”.

Ele ainda falou das dificuldades no dia a dia, para as empresas como laudos um pouco pobres, com poucas informações, não evidenciando as limitações e capacidade funcional. Nos últimos cinco anos, houve uma melhora neste sentido, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Neste sentido, ele citou o programa plural, da empresa, que prioriza vagas para pessoas com deficiência e LGBTQI+.

Com mais tempo de fala, Eliene Rodrigues de Souza, da Superintendência Regional do Trabalho e emprego em Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande, falou da lei de cotas e fiscalização. Ela informou que tem uma filha com deficiência, senti na pele a

Como dado relevante, ela citou: MS tem 457 empresas que precisam cumprir a cota. E, existem 5.978 vagas, para pessoas com deficiência, só estão ocupadas 2.615 e mais de 3 mil ociosas. “Temos que ter um olhar voltado para questões da inclusão como pessoa. A deficiência é uma característica que as pessoas trazem de si, não é um critério”.

Ela fez questão de enfatizar que educação para o trabalho deve começar, na escola.

Eliene ainda aproveitou para pedir que seja feito um requerimento para o Ministério do Trabalho, para que se reative a agência local, no município.

Sobre a lei de cotas, Eliene citou o percentual, conforme a quantidade de funcionários e pediu: “Que daqui dois, três, anos e Três Lagoas seja o pólo da industrialização, o pólo da inclusão”.

O Programa de Aprendizagem Profissional também foi destacado pela servidora do Ministério do Trabalho, bem como, os benefícios de prestação continuada, auxilio inclusão e espaços acessíveis, nas empresas. “Precisamos de mudanças na política pública sobre trabalho, educação, saúde”.

Finalizando, aconteceu a principal palestra da noite, com o professor Celso Cavalheiros, psicopedagogo, pesquisador do autismo há 12 anos.

Ele discorreu sobre conceitos sobre Autismo: sinais, tratamentos e falou sobre casos clínicos, de crianças e adolescentes, que atende em Campo Grande.

Ao final, ele solicitou que é preciso investir nas entidades para que possam oferecer capacitação e treinamento para PCDs.

A estudante do IFMS e autista, Vitória, também pediu para falar e citou que pessoas autistas estão em diversos, condições, lugares, atualmente. “Somos líderes comunitários e gente da classe trabalhadora, periféricas, não brancas, LGBTQ+, indígenas”, tentando citar o máximo de perfis de pessoas, que estão dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Autistas são humanos como todo mundo. E, todo mundo tem cérebro diferente com ou sem deficiência”.

O vereador professor Negu Breno utilizou o microfone, para afirmar que foi uma noite de muito aprendizado e que fora obras, infraestrutura, na Câmara, também é o lugar, onde é preciso discutir sobre pessoas.

Em seguida, a vereadora Evalda Reis, falou de acolhimento e de enxergar as capacidades das pessoas com deficiência, como pessoas capazes e produtivas, afirmando ainda que aprendeu muito com cada fala.

O vereador Dr. Issam Fares encerrou a audiência afirmando que os administradores devem fazer uma reflexão, nos planos de negócio e de trabalho, pensando sempre na inclusão e acessibilidade de todas as pessoas e entregou uma lembrança de agradecimento para os palestrantes.